Estereoeletroencefalografia (SEEG) é a prática de registrar sinais eletroencefalográficos por meio de eletrodos de profundidade (eletrodos implantados cirurgicamente no tecido cerebral). Pode ser usado em pacientes com epilepsia que não respondem ao tratamento médico e que são potenciais candidatos a receber cirurgia cerebral para controlar convulsões.
esta técnica foi introduzida no trabalho de diagnóstico de pacientes com epilepsia pelo Grupo do Hospital S. Anne, Paris, França, na segunda metade do século XX. Intracerebral os eletrodos são colocados dentro do desejado áreas do cérebro para registrar a atividade elétrica durante as crises epilépticas, contribuindo, assim, para definir com rigor os limites da “epileptogenic zona”, isto é, a área do cérebro gerando apreensões que deve ser, eventualmente, ressecado cirurgicamente para conseguir a liberdade de crises epilépticas. Os riscos potenciais do procedimento, representando menos de 1% dos casos, incluem hemorragia cerebral e infecção, o que pode levar a comprometimento neurológico permanente ou morte. Por esse motivo, a estereoeletroencefalografia é reservada a casos de epilepsia selecionados e particularmente complicados.